O Piratini deverá inverter a prática recorrente da gestão Yeda Crusius na tentativa de minimizar impasses nas próximas votações em plenário. Focado nos planos de carreira do funcionalismo, desta vez a discussão terá início antes do envio das propostas à Assembleia, no fim de março. A intenção é garantir que os projetos cheguem ao Legislativo com debate junto a deputados, categorias e sociedade já em andamento. Primeira a aterrissar no parlamento será a proposta para a educação (seguida pela da segurança), uma das que prometem mais polêmica. Entre as sugestões estão a criação de mecanismo de prêmios e incentivos por produtividade – prática conhecida na iniciativa privada, mas que enfrenta resistência de servidores – e a utilização da famosa licença-prêmio somente para especializações e cursos de aperfeiçoamento. Consciente de que as mudanças que envolvem o funcionalismo enfrentam dificuldades naturais dos parlamentares – principalmente com a proximidade do veredicto das urnas –, o governo prepara campanha publicitária para explicar a necessidade e os benefícios que serão produzidos com as alterações. Acredita que se convencer a sociedade será meio caminho andado.
Artigo extraído do Jornal Correio do Povo ANO 114 Nº 104 - PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2009 colunista Taline Opptiz
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