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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

"Será uma incoerência", diz presidente do Cpers sobre corte no ponto de professores

Sindicato alega que Tarso abonou os dias que o magistério ficou parado no governo Yeda

 
Com o fim da greve do magistério, a discussão passa a ser sobre a recuperação dos dias perdidos e o corte no ponto dos professores aderiram à greve. De um lado a secretaria da Educação, que mantém a intenção de não pagar pelos dias parados. O Cpers/Sindicato alega que o governador Tarso Genro abonou os dias que professores ficaram parados durante greve no governo Yeda Crusius e deveria adotar a mesma postura.

— Se ele não fizer isso agora será incoerência. Nós permanecemos com as nossas bandeiras. Achamos lamentável que o governador Tarso, que sempre criticou o governo Yeda, tenha criado esse abismo com a categoria - disse a presidente do Cpers, Rejane Oliveira - Ele tinha a obrigação de resolver esse impasse. Se o governo decidir cortar o ponto, uma hora a categoria vai dar a resposta — concluiu.

A secretária-adjunta da Educação, Maria Eulália Nascimento, reafirmou em entrevista na Rádio Gaúcha que a orientação é para manter o corte no ponto.

— Quem não trabalhou não recebe — disse Maria Eulália.

A secretária criticou a postura dos professores e ressaltou a continuidade das discussões sobre a reforma do Ensino Médio.

— Nunca precisou de greve para fazer debate. A proposta foi de encerrar a greve para dar continuidade. Eu lamento muito a forma como foi conduzido esse movimento — explicou.

O Cpers não deve indicar representante para as conferências que discutem a reforma na educação. A ideia é manter a mobilização contra a reforma e para garantir o pagamento do piso. Uma nova assembleia está prevista para segunda quinzena de março de 2012.

Fim da greve:

Após 12 dias de baixa adesão, foi dada como encerrada a greve do magistério da rede estadual no Rio Grande do Sul. A suspensão foi decidida, às 16h desta sexta-feira, em assembleia na Praça da Matriz, em Porto Alegre.

Na assembleia de março, o Cpers promete denunciar, formalmente, as "intransigências" do governo Tarso Genro.

Veja os pontos de divergência entre o Cpers e o governo do Estado:

O que pede o Cpers O que diz a secretaria de Educação
PISO SALARIAL
Pagamento imediato do piso nacional, de R$ 1.187 para 40 horas. O Cpers argumenta que, mesmo tendo assinado a lei juntamente com outros ministros à época, como governador Tarso Genro não a colocou em prática. Sustenta que Tarso assinou documento durante a campanha no qual se comprometia a criar condições, ao longo de seu governo, para cumprir o piso. Informa que não há qualquer possibilidade financeira de pagar imediatamente o piso
SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Não concorda com o sistema destinado a avaliar a eficiência do ensino por meio de uma série de indicadores que incluem condições de trabalho, frequência e abandono dos alunos, por considerar que responsabiliza os professores por dificuldades estruturais. Não pretende retirar a proposta da pauta e considera que o Cpers adota uma posição "simplista de quem não quer aprofundar a proposta". O secretário afirma que a própria secretaria será alvo de avaliação por parte da comunidade escolar no sistema previsto
REFORMA DO ENSINO MÉDIO
Não concorda com as mudanças destinadas a aproximar o Ensino Médio do mercado de trabalho. Elas preveem, entre outras novidades, a inclusão de disciplinas diversificadas em áreas de interesse de cada escola e a realização de "estágios" dos alunos em ambientes profissionais É uma das principais bandeiras da SEC, incomodada com os índices de repetência e abandono do Ensino Médio — de 40%. Argumenta que, hoje, o modelo desse nível de ensino está "completamente falido" e nem prepara para o vestibular, nem garante profissionalização.

ZERO HORA

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