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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sargentos e tenentes iniciam nova mobilização com a colocação de faixas cobrando reajuste salarial

Sobre novos protestos com queima de pneus, como em 2011, Santellano disse que “é impossível controlar servidores que estão insatisfeitos”

Uma faixa instalada na colônia de férias da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (Asstbm), no Litoral Norte, cobrando reajuste, deu início à colocação de uma série de recados para o chefe do Executivo, Tarso Genro: “Sr. Governador – Pare de discriminar e cumpra a promessa feita aos Sargentos e Tenentes da BM: Reposição salarial já! Asstbm em alerta”, diz o aviso que está visível em Cidreira. O presidente da representação, Aparício Santellano, reclamou que os sargentos e tenentes foram os menos favorecidos com os reajustes propostos pelo Piratini no ano passado e avisou que mais faixas serão colocadas em todo o interior cobrando melhores salários.
Em dezembro, os oficiais da Brigada Militar (BM) aceitaram reposição de 10% com abono de R$ 400 para os capitães. Em setembro, o governo oficializou aumento de 23,5% sobre o salário básico dos soldados, 18% para sargentos e 11% aos tenentes. Os últimos dois não aceitaram, ficando com índice menor: 3,5% em janeiro e 4% em abril. Segundo Santellano, 90% das unidades da BM em pequenas e médias cidades do Rio Grande do Sul são comandadas por sargentos e tenentes e, por isso, a valorização dos praças deve ser maior que a proposta pelo Piratini. A representação espera ser chamada ainda neste mês para discutir reajuste. Um pedido de audiência já foi protocolado na sede do Executivo, garantiu.
Em agosto do ano passado foi iniciada uma série de protestos com queima de pneus, exposição de bonecos com farda da BM e colocação de falsas bombas e artefatos com potencial de explodir atribuída a brigadianos descontentes com a política de reajuste salarial. Para Santellano, é difícil garantir que manifestações semelhantes não se repitam. “Somos contra isso, mas é impossível controlar servidores que estão insatisfeitos e que isoladamente promovem esse tipo de ação. A responsabilidade toda é do governo”, disse.
Entrevista de Santellano: Áudio
Fonte: Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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