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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

sexta-feira, 10 de junho de 2011

E os bombeiros da Bahia, como andam?

E os bombeiros da Bahia, como andam? Já lhes perguntaram, da cúpula aos escalões inferiores, se não seria interessante tocar em frente projeto para desvincular o Corpo de Bombeiros da PM, concedendo autonomia e comando próprio? O momento é oportuno para trazer o debate nacional para a realidade do estado.

Os grupamentos sofrem com tantas ou mais carências que os batalhões, prova disso é reportagem publicada em A Tarde neste 08Jun11, apontando as limitações logísticas atuais, que, se postas à prova, poderiam provocar grandes complicações.
Há evoluções recentes, como a definição de vagas separadas entre PM e BM nos concursos, bem como a formação devida dos soldados com foco na atividade a ser desenvolvida, mas ainda ocorrem casos em que “da noite para o dia, dorme polícia e acorda bombeiro”, o que não é uma simples mudança de quadro, mas sim alteração significativa da atividade a ser desempenhada.
Apesar de existirem casos de excelentes profissionais que cumprem bem as obrigações ao mudar de ramo, o ideal é separar o que tem diferenças por natureza, inclusive como forma de elevar o profissionalismo e valorizar a qualificação. Se na formação de soldados a situação melhorou, ainda há problemas nos escalões superiores, como a possibilidade de dar a formação de combatente PM a um aluno durante 3 anos e após a formatura transferi-lo para o quadro de bombeiros, exigindo um novo processo de formação técnica e prática, além da anulação de grande parte do investimento durante o período de curso.
Ou seja, o sargento BM que tenha intenção de tornar-se oficial só encontra hoje a opção de concorrer às vagas do CFOPM, adquirindo conhecimentos de uma profissão que não exercerá, algo paradoxal. Felizmente há trabalhos direcionados à elaboração de currículo para servir de matriz para a formação de oficiais BM futuramente no estado, algo útil e necessário.
Diz-se que a concorrência entre polícia e bombeiro na compra de viaturas, por exemplo, é desleal, dada a visibilidade alcançada pela ostensividade das rádio-patrulhas, trazendo retorno político para o governo, versus os altos custos de investimento em veículos de resgate e salvamento. Talvez, sendo uma corporação plena, a “boina vermelha” passasse a desfrutar de mais investimentos, melhor orçamento, recursos e efetivo para desenvolver suas ações… Ou não.
Polícia é um tema urgente, imediato, em voga, batido e discutido aos quatro cantos, mas é preciso lembrar também dos bombeiros, que às vezes acabam relegados a segundo plano, porém no apuro se constatará sua importância, tomara que já não seja tarde demais.

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