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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pelotão experiente

Capital recebe 200 PMs do Interior para combater homicídiosBoa parte do grupo de 200 PMs que vêm do Interior para uma missão de dois meses já atuou na Capital.

A ideia é reduzir o índice de homicídios na Região

Às 14h30min de ontem, os 200 PMs vindos do Interior se apresentaram na Capital. Alguns foram indicados, mas a maioria que compõe a força-tarefa de combate aos homicídios da Região Metropolitana é voluntária.
A maioria tem experiência na função e conhece a Capital. A chance de obter um dinheiro também atraiu alguns voluntários. Para surpresa do comando, há lista de 200 nomes que ficaram à espera de uma chamada.
Soldados, sargentos e tenentes foram recebidos na Academia de Polícia Militar pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Airton Michels. Dele, ouviram agradecimentos e um alerta:
- Aqui não é o Rio de Janeiro. Não há lugar em que a polícia não entre. Mas os criminosos daqui são diferentes dos do Interior.
Os PMs estão escalados assim: 75 ficarão na Capital e 125 se dividirão entre Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Gravataí e Viamão.
- A gente não quer sacrificar ninguém, mas quer que trabalhem bem - frisou o comandante-geral em exercício da BM, coronel Altair de Freitas Cunha.

Civis ficarão 120 dias

Os PMs deverão reforçar o policiamento por dois meses. Depois de dois dias de instruções, irão para as ruas. Em breve, deverão se juntar à força-tarefa inspetores e escrivães da Polícia Civil. Estes trabalharão por quatro meses na tentativa de identificar e prender os autores de assassinatos.

Missão dada, missão cumprida

O sargento João Klahr, 42 anos, de Santo Ângelo, é outro com experiência na Capital. Foram dez anos de combate na Região Metropolitana. Quando indicado para a força-tarefa, não hesitou: - Missão dada é missão cumprida.
Para amenizar a saudade, trouxe na carteira a foto de Henrique, três anos. É do filho que mais sentirá falta.

Perfil

- Entre os 200 homens vindos do Interior, há soldados, sargentos e tenentes.
- A maioria é experiente e já trabalhou na Região Metropolitana. Muitos se prontificaram para a missão.

Ele já conhece o território

É a experiência de dois anos no 20º BPM, na Capital, que garante ao soldado Giovani da Silveira, 29 anos, a tranquilidade para encarar o desafio. Ontem, ele chegou de Santana do Livramento, mas a experiência de ter circulado pelo Rubem Berta diz muito. O bairro é a prioridade da BM.
- Estou tranquilo. Sou soldado: o que me determinam, eu cumpro - disse Giovani.

Ruído nas diárias

A expectativa de ganhar dinheiro extra foi frustrada para alguns PMs. Quem pensou nos R$ 100 da Operação Golfinho não gostou da diária de agora, que varia de R$ 57 a R$ 63, dependendo da patente. De acordo com o coronel Altair, nunca foi ventilada essa equiparidade.
Diante da frustração, dois PMs revelaram ao Diário Gaúcho o desejo de voltar ao Interior.


Letícia Barbieri

leticia.barbieri@diariogaucho.com.br




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