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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

sábado, 5 de novembro de 2011

Delegados gaúchos decidem paralisar parte das operações

Categoria sinalizou com pedidos de demissão em diretorias da Polícia Civil


Delegados gaúchos decidem paralisar parte das operações <br /><b>Crédito: </b> Paulo NunesApós recusarem uma proposta de reajuste salarial de 10%, os delegados gaúchos decidiram em asssembléia, na tarde deste sábado, adotar uma série de medidas de boicote e demissões, até que a principal reivindicação da categoria seja atendida: a equiparação salarial com procuradores, determinada pela legislação estadual. Em uma nota pública, a Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Asdep) informou que, enquanto não houver um novo acordo, a ideia da categoria é não participar das operações Verão, Serra e Fronteira, além de colocar à disposição cargos em confiança como os de diretor de departamento ou de divisão.

A lista de funções, nas quais pedidos de demissão podem ocorrer devido ao impasse, ainda abrange delegados regionais e cargos na Secretaria Estadual de Segurança Pública. A nota da Asdep também deixa claro que foram suspensas "as operações que vêm sendo feitas para gerar a chamada 'agenda positiva' para o Governo". Outra retaliação definida é a promessa de que a carga horária de 40 horas semanais não vai ser excedida. Convites para ministrar aulas na Academia de Polícia também não serão aceitos.



Proposta do governo



Na sexta-feira, o secretário de Segurança Pública, Airton Michels, anunciou a proposta de reajuste, em duas parcelas: a primeira delas de 5%, em janeiro, e os 5% restantes em abril, garantindo pelo menos R$ 700 a mais para os delegados em início de carreira. A proposta surgiu depois de uma reunião entre a Casa Civil e Asdep, na quinta.

Conforme o Palácio Piratini, o realinhamento com o salário de procuradores do Estado, de R$ 15 mil, só deve ser negociado em 2012. “Formulamos esta proposta de aumento de 10%, mas as negociações continuam abertas em busca da equiparação”, declarou Michels. O secretário ainda disse que a categoria havia entendido as dificuldades para um reajuste maior. “Estamos em início de governo, apenas dez meses, e tudo depende do estado das finanças”, assegurou.

Na assembleia de hoje, a Asdep admitiu a possibilidade de a equiparação não ocorrer imediatamente, mas a longo prazo, com o reconhecimento formal do direito através de um projeto de lei. A Associação ainda classificou como estranho "que a mesma dificuldade do tesouro não se tenha verificado quando, recentemente, o Governo corrigiu a remuneração dos Procuradores do Estado, aumentando ainda mais o fosso remuneratório entre as duas carreiras".


Fonte: Estêvão Pires / Rádio Guaíba

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