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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Na reforma administrativa a sociedade sofrerá



A reforma administrativa defendida pelo governo Yeda conseguiu a unanimidade. Todas as organizações sindicais e associativas representativas do funcionalismo estadual estão frontalmente contra! A dita reforma retira direitos e vantagens conquistados em anos de lutas pelos servidores públicos, em nome de uma gestão gerencial. Todos estão atentos, pois os avanços por tempo de serviço e as progressões funcionais estão na mira. Se aprovada a reforma substituirá tudo por uma avaliação que premiará o mérito. E isto não contará na aposentadoria, causando enormes prejuízos, pois os servidores entrarão na inatividade pelo salário inicial. Vamos analisar esse tal sistema gerencial que num primeiro momento confunde as pessoas menos avisadas. Se as avaliações forem feitas pelas chefias nomeadas politicamente, de acordo com a orientação partidária do gestor, já podemos suspeitar que o cunho será político, premiando aqueles que se identificarem com o mandante. Por outro lado, se as avaliações forem externas, significa que os servidores serão avaliados por pessoas estranhas ao serviço publico, muitas vezes desinformadas por vivenciarem outra realidade. Mas o objetivo central dessa reforma é a substituição de administração burocrática pelo modelo gerencial, como foi implementado em Minas Gerais e que tantos prejuízos trouxe aos servidores e à população mineira.
Apesar de difamada, a administração do tipo burocrática preserva os servidores que ficam protegidos para servir ao estado, entenda-se o bem comum. Já na administração do tipo gerencial, o servidor passa a ter a característica de empregado público, servindo ao administrador, ou gestor, segundo a orientação política que ele vier a determinar. Isto é a chave de tudo. Descontente com o fato de que os servidores servem ao Estado e ao bem comum, a governadora Yeda e seus seguidores assumem a defesa de um processo em que servidores e empregados públicos passarão a servir ao seu governo e não à sociedade. Já vimos esse filme no passado e ele se resume ao seguinte: O estado sou eu. Entre os poderosos e a sociedade, preferimos ficar com a última. A Federação dos Servidores do Estado do Rio Grande do Sul, Fessergs, não aceita esse tipo de solução, pois defende o serviço público de qualidade, com servidores preparados e bem remunerados. Não há sociedade desenvolvida sem serviços públicos eficientes. A Fessergs está alerta e na luta contra essa proposta nefasta, cujos danos e custos ficarão para a sociedade. Se depender da nossa luta a reforma não passará.





Sérgio Arnoud
Presidente da Fessergs
Artigo publicado na página 4 do Jornal do Comércio de Quarta-feira 17 de junho de 2009.

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